OCT – Tomografia de Coerência Óptica
O OCT – Tomografia de Coerência Óptica – é um exame que permite um diagnóstico precoce e diferenciado das doenças da interface do Vítreo e da Retina (Pucker Macular, Buraco Macular, Membranas Epirretinianas Secundárias, Síndrome de Tracção Muscular), sendo também essencial no estabelecimento de decisões terapêuticas e na avaliação pós-operatória.
Por outro lado, esta técnica – que consiste na obtenção de cortes transversais da Retina e da interface do Vítreo e da Retina – é cada vez mais utilizada na avaliação de Edema Macular, podendo ser de grande valor na exclusão de causas tradicionais e dar indicações preciosas na sua evolução.
Esta capacidade de podermos estabelecer a espessura e o volume macular é de especial importância nos estudos a decorrer sobre a injecção intravítrea de várias drogas (desde corticoides até inibidores da angiogénese).
Outra aplicação de relevo da Tomografia de Coerência Óptica é a medição da espessura da camada de fibras nervosas da Retina (RNFL) na região que envolve o Disco Óptico.
Actualmente, constitui uma ferramenta fundamental no diagnóstico das neuropatias ópticas, particularmente no Glaucoma, pois a espessura da camada de fibras nervosas é medida e comparada com o intervalo da normalidade.
De referir que no Glaucoma existe uma forte correlação entre as alterações detectadas no OCT e os defeitos encontrados nos campos visuais (Perimetria Estática Computorizada).
Tecnologia usada no exame OCT
O OCT é um exame não-invasivo que recorre a uma tecnologia similar à da Ecografia B, utilizando, em vez das ondas acústicas, luz de baixa coerência, obtendo-se assim representações estruturais com uma resolução muito mais elevada (8 micras comparadas com as 150 micras da ecografia standard).
De salientar que esta nova tecnologia – desenvolvida por Fujimoto no Massachusetts Institute of Technology e aplicada no diagnóstico por Puliafito – tem vindo a ser aperfeiçoada nos últimos anos e que é muito utilizada no Instituto de Microcirurgia Ocular (IMO).
Assim, com a introdução do último modelo (OCT-3), o uso deste exame complementar generalizou-se, sendo hoje fundamental no diagnóstico, na evolução e no controle pós-operatório de múltiplas afecções maculares.